sexta-feira, 14 de agosto de 2009



O início das operações da nova companhia aérea Azul em Campinas (interior de SP) já detonou uma guerra de preços em algumas rotas que passam pelo aeroporto de Viracopos. Antes mesmo da estréia efetiva da Azul - que deve iniciar seus vôos regulares por volta de 15 de dezembro -, a Gol reduziu as tarifas para as quatro rotas iniciais do novo concorrente. São vôos diretos que ligam Campinas a Curitiba, Vitória, Porto Alegre e Salvador.

Pela Gol, é possível voar de Campinas a Curitiba pagando a partir de R$ 51, dentro de determinadas condições, como a permanência de 10 dias no destino. A tarifa para Vitória começa em R$ 119, para Porto Alegre, em R$ 129 e para Salvador, em R$ 209.

As tarifas promocionais da Gol em Campinas fazem parte de uma campanha mais ampla que envolve 45 rotas. Mas os descontos específicos para os destinos que fazem parte da malha da Azul recebem um grande destaque no site da Gol. "De nossa parte, não é nenhuma surpresa", afirmou o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting. "Evidentemente que estão fazendo isso pensando mais nos concorrentes do que nos clientes. Se pensasse no cliente, teriam oferecido essas tarifas antes." Nenhum porta-voz da Gol foi encontrado para comentar. Por meio de sua assessoria, a empresa declarou que "a oferta de tarifas baixas é uma prática comum da companhia e faz parte da sua filosofia de baixo custo, baixa tarifa."

A líder no mercado brasileiro, a TAM, afirmou que não pretende realizar nenhuma promoção neste período de alta temporada, nem nas rotas da Azul. Tradicionalmente, é raro as empresas aéreas realizarem promoções nesse período. Elas costumam acontecer por volta de março e abril.

Segundo o diretor da Azul, os preços promocionais oferecidos pela Gol "são muito parecidos" com os que a Azul pretende praticar. Beting não soube informar os valores, mas disse que eles foram enviados para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na semana passada, junto com o pedido das rotas (hotrans). Segundo a Anac, a informação fornecida pela Azul é confidencial. Segundo fontes, os preços da Gol são, em alguns casos, muito inferiores aos da Azul. É o caso de Campinas-Curitiba, que deve ser superior a R$ 100 no caso da Azul, o dobro do preço promocional da Gol.

Como é de praxe em novas rotas, a Azul vai oferecer uma tarifa "introdutória" num primeiro momento. Beting afirma, contudo, que a companhia não pretende oferecer descontos adicionais em função da promoção anunciada pela Gol. "Vamos manter nossas tarifas. Já declaramos que não pretendemos entrar em nenhuma guerra tarifária." De qualquer forma, a Azul só poderá iniciar a venda de bilhetes quando a Anac conceder os hotrans, o que deve acontecer até o início da semana que vem.

TAM e Gol disputam agora o mercado internacional


As duas companhias que já dominam nove de cada dez vôos no Brasil agora estão brigando pelo mercado internacional. Durante décadas, as ligações entre o Brasil e o exterior foram dominadas pela Varig e, em menor escala, pelas companhias internacionais. Com a crise da Varig, cerca de 70% dos vôos para o exterior foram parar nas mãos de estrangeiros. Agora, TAM e Gol iniciaram uma corrida para tentar ocupar o espaço aéreo internacional.

Ao comprar a Varig no final de março, a Gol levou 26 rotas internacionais, um bom reforço para quem só tem linhas para a América Latina e é conhecido por vôos de baixo custo e não por serviços de classe executiva ou primeira classe para o exterior. Como a Varig só estava usando quatro dessas linhas, a Gol está tentando convencer a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que o direito às outras rotas internacionais não expirou.

A compra da Varig pela Gol deu um choque na TAM. Pouco mais de um mês depois do anúncio do negócio, a TAM já assinou quatro contratos de parceria com companhias internacionais. O último acordo, com a alemã Lufthansa, foi anunciado nesta segunda-feira. "A concorrência faz com que a gente acorde mais cedo, sempre", diz o vice-presidente de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco. "Assim como nós, eles também estão acordando mais cedo". Com as parcerias, a TAM oferece mais alternativas de vôos e conexões aos seus passageiros e atrai clientes das empresas estrangeiras que têm interesse em voar no Brasil. Só com o acordo com a norte-americana United Airlines, a TAM espera um aumento de vendas de US$ 35 milhões.

TAM segue na liderança

A TAM continua sendo a principal companhia aérea brasileira a operar para o mercado internacional. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa respondeu por 69,68% do mercado em abril, ante participação de 25,14% registrada em igual mês de 2006.

A Gol também elevou sua fatia para 14,52%, e ficou com a segunda posição. Em março de 2006, a participação da empresa era de 4,41%. A nova Varig aparece em terceiro com 9,26%.

Na seqüência, está a BRA, com 6,29%, ante 3,67% de igual período do ano passado. Ambas reduziram suas participações em relação a março, quando detinham 11,02% e 7,54% cada, respectivamente.

Montagem A380 ...



acidente com fokker 100 da tam em 1996 vôo 402


OS ACONTECIMENTOS RELATADOS SOB O PONTO DE VISTA

DE UMA VÍTIMA DA TRAGÉDIA




Este site tem o objetivo de esclarecer o que ocorreu durante e após a tragédia da queda do Fokker 100, prefixo PT-MRK, da TAM, vôo 402, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, em 31 de outubro de 1.996.

Sou uma das vítimas terrestres do acidente. Minha casa e a de meus pais, entre outras tantas da Rua Luis Orsini de Castro, foram destruídas pelo avião.

É meu dever como Jornalista relatar e comentar a verdade dos fatos, pois presenciei e convivo até hoje com essa tragédia.

Passados vários anos, existem indenizações pendentes. As empresas TAM e Unibanco Seguros são as responsáveis pelo pagamento. O vôo 402 tinha seguro. O valor: US$ 400 milhões de dólares.

Aqui você acompanhará matérias, o Relatório da Aeronáutica, as notas oficiais, o conteúdo das caixas-pretas, as imagens da tragédia, as inverdades ditas para a imprensa pelas empresas envolvidas e a desesperada luta das viúvas, de outros parentes das vítimas e dos moradores da região em busca de seus direitos e, ao mesmo tempo, a incansável batalha que a TAM e a Unibanco Seguros nos Tribunais para não reparar os danos causados pela empresa aérea.